Nos últimos cinco anos, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) apresentou um retorno acumulado superior a 60%, consolidando-se como um dos principais indicadores da renda fixa no Brasil. O resultado reforça a atratividade do CDI como referência para investimentos conservadores e de baixo risco, especialmente em um período marcado por instabilidade econômica, pandemia e mudanças nas taxas de juros.
O que é o CDI e por que ele importa?
O CDI é a taxa média das operações financeiras realizadas entre os bancos. Na prática, funciona como o principal indexador da renda fixa, servindo de base para investimentos como CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa.
Quando a taxa Selic sobe, o CDI acompanha, aumentando a remuneração desses ativos. Da mesma forma, em ciclos de queda da Selic, o retorno do CDI diminui.
O desempenho recente
Entre 2020 e 2022, o Brasil viveu um ciclo de juros historicamente baixos, o que reduziu a rentabilidade de quem aplicava em títulos atrelados ao CDI. Porém, a partir de 2021, com a disparada da inflação, o Banco Central iniciou uma trajetória de alta da Selic, levando os retornos a patamares mais elevados.
Esse movimento fez com que, no acumulado dos últimos cinco anos, o CDI registrasse mais de 60% de valorização, superando inclusive alguns índices de renda variável no mesmo período.
O que isso significa para o investidor?
Segurança: investir em ativos atrelados ao CDI significa acompanhar a taxa básica da economia, com baixo risco de crédito (principalmente em títulos bancários de instituições sólidas).
Liquidez: muitos investimentos indexados ao CDI oferecem resgate rápido, facilitando a gestão do caixa pessoal ou empresarial.
Diversificação: mesmo com bom desempenho, o CDI deve ser visto como parte da estratégia, não como única alternativa de aplicação.
Olhando para frente
Com a expectativa de cortes graduais na Selic até 2025, o CDI tende a perder fôlego em relação aos anos anteriores. Ainda assim, continua sendo uma base sólida para compor carteiras conservadoras e balanceadas.
